quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Novas normas de trânsito para ciclistas (Lei N° 9.503 de 23 /09/1997)


CICLISMO
Novas normas de trânsito para ciclistas (Lei N° 9.503 de 23 /09/1997)- ciclista desmontado empurrando a bicicleta equipara-se ao pedestre em direitos e deveres;-
É extremamente proibido andar na contramão;
- Veículos automotores devem trafegar na pista da direita ( meio a um metro da direita de uma via é do ciclista). -
O ciclista deve andar na mesma mão dos veículos, ficando menos vulnerável a choques frontais e de maior impacto devido a forças em sentidos contrários.
Ao andar na mesma mão do carro, a diferença de velocidade torna-se bem menor entre o ciclista e o motorista. - Veículos lentos devem permancer à direita:- Virar à esquerda: Essa é a manobra que dá mais acidentes no trânsito. Antes de virar sinalize, cuidado com o trânsito atrás de você, atenção ao cruzar o fluxo contrário de trânsito. Em localidade muito movimentada, ir até a calçada mais próxima e atravessar empurrando a bicicleta como um pedestre normal. Na calçada, exceto quando houver sinalização ou for solicitado, descer da bicicleta e andar empurrando-a igualando-se a um pedestre;- Nunca desobedecer sinais de trânsito (semáforos e placas);- Equipamentos de Segurança estabelecidos pelo CONTRAN: campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos pedais, e espelho retrovisor do lado esquerdo;- Fundamental: Capacete, luvas e óculos (acessórios de proteção);- Respeitar a velocidade de 40 km/h no máximo, sem abusar nas descidas;- Cordialidade, agradecendo sempre gentilezas cedidas por motoristas no trânsito.


MUSCULOS DA PEDALADA




Por dentro do Ciclismo
Gasto Calórico, Musculos Acionados e Técnicas de Ajuste.
As primeiras competições de ciclismo surgiram em 1868, tendo o ciclismo participado dos primeiros jogos olímpicos da Era Moderna, em 1896, na Grécia. Desde então, este esporte não parou de evoluir, sendo a União Ciclística Internacional o órgão normativo das competições de ciclismo no mundo. Em um esporte tão importante devemos analisar a sua fisiologia para obtermos os melhores benefícios que o pedal nos pode proporcionar.
Vamos começar analisando o gasto enrgético do ciclismo de modo geral. Considerando um METrep. (equivalente metabólico de repouso) igual a 0,0175 kcal x kg -1 x min -1, o gasto das atividades pode ser expresso como múltiplos da taxa de metabolismo de repouso. Por essa razão, a fórmula para calcular o gasto calórico durante qualquer atividade física segue essa fórmula:
Gasto energético (kcal/min) = METrep. x peso corporal x nº METs atividade
Veja um exemplo de cálculo estimado para uma pessoa de 70 kg, pedalando 40 minutos em velocidade de passeio (16-19 km/h), com gasto energético de 6,0 METs (ver tabela 1). Aplicando a fórmula:
Gasto energético = 0,0175 kcal/kg/min x 70 kg x 40 min x 6,0 METs @ 294 kcal


Agora observando os aspectos musculares, em uma competição o ciclista profissional deve dominar entre 80 e 120 rotações dos pedais por minuto (rpm) e deverá evitar o uso exagerado de força, pois, além de fadiga precoce na musculatura, certamente estará encurtando sua carreira e aumentando o risco de lesões. Um ciclista que não compete, mas usa a bicicleta em regime esportivo deverá manter-se entre 70 e 100 rpm, enquanto o usuário com objetivos de lazer ativo e saúde deverá pedalar entre 50 e 70 rpm. Em indivíduos com sobrepeso, o benefício é incomparável, uma vez que não há sobrecarga dos membros inferiores devido à posição sentada, o que possibilita uma atividade de maior duração, aumentando, assim, a eficiência da queima dos lipídios e redução dos níveis de LDL-colesterol e triglicerídeos séricos, além de redução do percentual de gordura corporal. Quando praticada nas ruas, torna-se mais agradável pelo desenvolvimento de maior velocidade do que as caminhadas, proporciona menor incremento na temperatura corporal provocado pelo exercício (dissipação de calor por convecção) e permite maior diversificação da paisagem, auxiliando na diminuição do estresse e das tensões do dia a dia.


Observamos no quadro acima que nos primeiros 90 graus do impulso no ciclismo, a partir do topo (pedal em cima) até a posição dos pedais fica paralela ao solo, verificando alta atividade no grupo quadríceps femural e glúteo máximo. De 90 a 180 graus, o gastrocnêmio e isquiotibiais são mais solicitados. No balanceio para cima do ciclo, de 180 a 270 graus, ocorre alguma atividade nos isquiotibiais, dorsiflexores e gastrocnêmio. Na fase final do ciclo, 270 - 0 ou 360 graus (topo novamente), observa-se alta atividade no reto femural e tibial anterior. Pedalar serve para todos os tipos de pessoas, é uma atividade que trás diversos benefícios cardiovasculares, musculares e na promoção da saúde geral. No entanto devemos ficar atentos no ajuste correto do equipamento. altura do selim (distância entre a superfície do selim e o centro do eixo do pedal, com o pé-de-vela alinhado com o do tubo do selim) ajustada de forma que seja mensurado um ângulo relativo de 150° a 155° para o joelho e o alinhamento da face da patela com o eixo do pedal.

É importante também manter a posição do pé no pedal que perma o alinhamento da face anterior da patela com o eixo do pedal, o que leva a menor compressão patelar por uma menor flexão do joelho durante a pedalada. Fora isso o ideal é observar como estão as curvaturas da coluna, que não devem estar fora do padrão anatônico normal para evitar sobrecarga nas vertebras. Seguindo essas recomendações seu treino ou passeio de bicicleta será muito mais agradável e proveitoso.
Escrito por Vinícius Dobgenski em 23/02/2009 - 09:42:08